“Enchiam meu encéfalo de imagens
As mais contraditórias e confusas!”
Será preciso retermos os fatos por longos minutos, que parecerão horas aos mais científicos. Aqui, enquanto em pé conseguirmos nos manter, não permitamos misturar os discursos co’as realidades que temos; ao nos valermos da retórica, não nos entregamos jamais a comentar os revezes, solicita-se, como sempre, que ao falarmos aos outros nos valhamos de profundo otimismo. A razão, no entanto, pede muito mais que o suportável pelo emocional (este que nos faz ausentar de tudo e todos), espalha em nosso rosto as misérias, atinge-nos com decadências das mais sujas e, o quanto antes, busca nos informar dos acontecidos todos e por nós mesmos devemos saber o prejuízo ou lucro – é falha nossa que não consigamos avaliar sobre estes se esta nossa fria e calculista parte nos traz uma boa ou má notícia (um curto benefício tantas vezes resultou num malefício maior). Os discursos, tão absurdamente egoístas em sua produção e coletivos em sua aplicação, não nos remetem à realidade, nem o devem fazer, pois eis a sua função: iludir. Palavras serão sempre uma obra à parte! Saibamos que, apesar de todo apoio que possamos ter, somos partes que desconstituem o todo e que estaremos, ainda que aparados por muletas, sós.
Ou não.